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dc.contributor.authorRoitberg, Guilherme Prado
dc.date.accessioned2023-07-12T13:30:03Z
dc.date.available2023-07-12T13:30:03Z
dc.date.issued2023-06-19
dc.identifier.citationROITBERG, Guilherme Prado. Crítica da razão eugênica: a educação para a consciência racial em Renato Kehl, Salvador de Toledo Piza Júnior e Octavio Domingues. 2023. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2023. Disponível em: https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/18265.*
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/18265
dc.description.abstractDefined by the English polymath Sir Francis Galton (1822-1911) as the science of racial improvement, eugenics became popular among the Brazilian intellectual elite in the context of the First Republic. In the 1920s and 1930s, the “moderate” interpretations that conceived eugenics as synonymous with hygiene and sanitation were contested by the most radical wing of this movement, which envisioned the racial improvement of the population by combating the “degenerative threats” represented by blacks, mestizos, disabled and poor workers. Edited in Rio de Janeiro by the physician and pharmacist Renato Ferraz Kehl (1889-1974), the Boletim de Eugenia (1929-1933) became the largest journal specialized in the science of racial improvement in Brazil. In 1932 and 1933, its direction was taken over by professors from the Luiz de Queiroz College of Agriculture (ESALQ) Salvador de Toledo Piza Júnior (1898-1988) and Octavio Domingues (1897-1972). Transforming a propaganda newspaper into a scientific magazine, the two renowned geneticists from Piracicaba scientifically supported eugenics based on Mendelian genetics, guaranteeing the continuity of the popularization project started by Kehl. Starting from this historical context, with theoretical-methodological support in documentary and bibliographical research, we analyze the education for the eugenic conscience or racial conscience exposed in the articles, correspondences, lectures, and books published by the three Boletim de Eugenia's directors. We explain the epistemological foundations of lato sensu education envisaged by these intellectuals, contrasting them with the theoretical-critical diagnosis of the crisis of reason elaborated by Max Horkheimer (1895-1973). We found that the Horkheimerian argument that denounced the enlightened roots of eugenics remains fundamental to the understanding of what we call eugenic reason, that is, the instrumental and mythologized reason that enabled the dissemination of eugenics as a socially accepted science. We verified that the objectification and manipulation of sex by the instrumental reason, according to which marriage and sexual relations should be submitted to the laws determined by the enlightened intellectuality, constituted the core of the education for the eugenic conscience developed in the Boletim de Eugenia and, specifically, in the campaign undertaken by Kehl, Piza Júnior and Domingues. We demonstrate that the annulment of the subject from the reduction of the human being to his biological nature and the discourse of technical impartiality, by-products of the totalitarian face of the Enlightenment, founded the epistemological bases of the lato sensu education outlined by Galton and assimilated in a particular way by the three Boletim de Eugenia's directors. Finally, we question reductionist interpretations of the subject, such as the idea of eugenics as synonymous with conservatism, as a pseudoscience, as an irrationality dissociated from scientific progress, or as a surpassed past. We conclude with the proposition of the theoretical-critical model of eugenic reason for understanding the epistemological foundations of this science, according to which eugenics does not comprise a kind of return to barbarism, but precisely the triumph of enlightened progress.por
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)por
dc.language.isoporpor
dc.publisherUniversidade Federal de São Carlospor
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/*
dc.subjectEugeniapor
dc.subjectEducação eugênicapor
dc.subjectBoletim de Eugeniapor
dc.subjectRazão instrumentalpor
dc.subjectTeoria Críticapor
dc.subjectEugenicseng
dc.subjectEugenic educationeng
dc.subjectInstrumental reasoneng
dc.subjectCritical Theoryeng
dc.subjectRazón instrumentaleng
dc.subjectEugenesiaesp
dc.subjectEducación eugenésicaesp
dc.subjectTeoría críticaesp
dc.titleCrítica da razão eugênica: a educação para a consciência racial em Renato Kehl, Salvador de Toledo Piza Júnior e Octavio Dominguespor
dc.title.alternativeCritique of eugenic reason: education for racial consciousness in Renato Kehl, Salvador de Toledo Piza Júnior and Octavio Domingueseng
dc.title.alternativeCrítica de la razón eugenésica: la educación para la conciencia racial en Renato Kehl, Salvador de Toledo Piza Júnior y Octavio Dominguesesp
dc.typeTesepor
dc.contributor.advisor1Gomes, Luiz Roberto
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/4768579559449929por
dc.description.resumoDefinida pelo polímata inglês Sir Francis Galton (1822-1911) como a ciência do melhoramento racial, a eugenia se popularizou entre a elite intelectual brasileira no contexto da Primeira República. Nas décadas de 1920 e 1930, as interpretações “moderadas” que concebiam a eugenia como sinônimo de higiene e sanitarismo foram contestadas pela ala mais radical desse movimento, que vislumbrou o aperfeiçoamento racial da população por meio do combate às “ameaças degenerativas” representadas por negros, mestiços, deficientes e trabalhadores pobres. Editado no Rio de Janeiro pelo médico e farmacêutico Renato Ferraz Kehl (1889-1974), o Boletim de Eugenia (1929-1933) se tornou o maior periódico especializado na ciência do melhoramento racial no Brasil. Nos anos de 1932 e 1933, sua direção foi assumida pelos professores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) Salvador de Toledo Piza Júnior (1898-1988) e Octavio Domingues (1897-1972). Transformando um jornal de propaganda em uma revista científica, os dois renomados geneticistas de Piracicaba respaldaram cientificamente a eugenia com base na genética mendeliana, garantindo a continuidade do projeto de vulgarização iniciado por Kehl. Partindo deste contexto histórico e tomando como aporte teórico-metodológico uma pesquisa documental e bibliográfica, analisamos a educação para a consciência eugênica ou consciência racial exposta nos artigos, correspondências, palestras e livros publicados pelos três diretores do Boletim de Eugenia. Explicitamos os fundamentos epistemológicos da educação lato sensu vislumbrada por esses intelectuais, contrapondo-os com o diagnóstico teórico-crítico de crise da razão elaborado por Max Horkheimer (1895-1973). Verificamos que o argumento horkheimeriano que denunciou as raízes esclarecidas da eugenia continua fundamental para a compreensão do que denominamos razão eugênica, a dizer, a razão instrumental e mitificada que viabilizou a disseminação da eugenia como uma ciência socialmente aceita. Constatamos que a objetificação e manipulação do sexo pela razão instrumental, segundo a qual o matrimônio e as relações sexuais deveriam se submeter às leis determinadas pela intelectualidade esclarecida, constituíram o cerne da educação para a consciência eugênica desenvolvida no Boletim de Eugenia e, de forma específica, na campanha empreendida por Kehl, Piza Júnior e Domingues. Verificamos que a anulação do sujeito a partir da redução do ser humano à sua natureza biológica e o discurso da imparcialidade técnica, subprodutos da face totalitária do Esclarecimento, fundamentaram as bases epistemológicas da educação lato sensu delineada por Galton e assimilada de forma particular pelos três diretores do Boletim de Eugenia. Finalmente, interpelamos as interpretações reducionistas sobre o tema, como a ideia da eugenia como sinônimo de conservadorismo, como uma pseudociência, como uma irracionalidade dissociada do progresso científico ou como um passado já superado. Concluímos com a proposição do modelo teórico-crítico da razão eugênica para a compreensão dos fundamentos epistemológicos dessa ciência, segundo o qual a eugenia não compreende uma espécie de retorno à barbárie, mas justamente o triunfo do progresso esclarecido.por
dc.publisher.initialsUFSCarpor
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Educação - PPGEpor
dc.subject.cnpqCIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO::FUNDAMENTOS DA EDUCACAOpor
dc.subject.cnpqCIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA::EPISTEMOLOGIApor
dc.subject.cnpqCIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO::FUNDAMENTOS DA EDUCACAO::HISTORIA DA EDUCACAOpor
dc.subject.cnpqCIENCIAS HUMANAS::HISTORIA::HISTORIA DAS CIENCIASpor
dc.description.sponsorshipIdCapes-PrInt: processo n° 88887.569968/2020-00por
dc.description.sponsorshipIdCapes-DS: processo nº 88887.644568/2021-00por
dc.publisher.addressCâmpus São Carlospor
dc.contributor.authorlatteshttp://lattes.cnpq.br/3993968379492241por
dc.contributor.authororcidhttps://orcid.org/0000-0003-0338-2270por
dc.contributor.advisor1orcidhttps://orcid.org/0000-0002-8867-7897por


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