Mostrar el registro sencillo del ítem

dc.contributor.authorMacedo, Bernardo Vaz de
dc.date.accessioned2019-07-15T12:39:56Z
dc.date.available2019-07-15T12:39:56Z
dc.date.issued2019-04-09
dc.identifier.citationMACEDO, Bernardo Vaz de. “Papagaio velho não pega língua mais, não”: estuciando o jeito de falar e de fazer, o jeito de ser, no quilombo Córrego do Narciso do Meio, Vale do Jequitinhonha (MG). 2019. Tese (Doutorado em Sociologia) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2019. Disponível em: https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/11490.*
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/11490
dc.description.abstractCórrego do Narciso is a rural quilombola community near Araçuaí, in the semiarid north-eastern Minas Gerais, in the Jequitinhonha Valley. In face a historical effacement of the term quilombo in the region, a quilombola reidentification by subjects occurred since 2009. If attention is also drawn to the institutional dimensions of struggles for example for water, underlying or subterranean dimensions appear in view of the apprehension of components of the collective memory in the community, in which water and the dimensions of life, death and enchantment are merged. Categories thus merged and imbricated, and mobilized in a mobile and contingent manner, are understood more in terms of what Stuart Hall understands as an articulation, open and in movement - in what also allows us to think identifications, in their fluidity and openness -, than from a reading of habitus which may conduce to a closing of identities. If there are differences between both interpretations or comprehensions, there are nonetheless approximations, as for instance in the materialist presupposition. A descentering of subjects, which appears empirically in mediated and collective practices and conceptions of agency, is propitiated, at a theoretical level, by that concept of articulation, conferring more lightness - and less substance - to the social tissue. It is thus that are interlaced, in the text, porous and consubstantial categories of experience, such as past, present and future, race, gender, class and generation, campesinity, amerindian and negro-banto, city and roça (country), water, earth and food, life and death, moral, ancestrality and matrifocality. As an objective and a leading thread, the comprehension of subjects, in their processuality of des-re-identifications, is taken as a temporary heuristic device, which also, along the research, gives rise to a certain rarefaction of the research object, now intermingled with those other and also contingent categories. Adopting methodologies of oral history, of memory apprehension, the making of drawings and maps (on paper and on earth) by subjects of different generations, the course through memory sites and the observation and analysis of ethnographic situations, the question of the subject is taken in a sufficiently open manner as to allow its unfolding and ramification in that multiplicity of questions and themes. The leading thread of the text is, therefore, the stories, memories, accounts, narratives and activities that I could listen, observe and register of inhabitants of Córrego Narciso, apprehended in a non-restrictive and non-linear manner. Estuciar, a term which composes an expanded repertoire of a rural dialect specific to the region, as an inflexion of astuciar (cunning, astuteness, artfulness), designates that vitality of a real-ficcional production-invention of the everyday practices and knowledge in Córrego Narciso. An ambivalence of de-materialization or de-structuration characterizes fantastic and enchantment components of practices directly referred to life - such as birth at home, the cultivation of manioc, the treatment of diseases and language -, in which there would be a suspension of material-normative constrainments. Estuciar denotes these experimentations, representations, improvisations and inventivities in the forms of speaking, of doing and of identifying. The quilombola reidentification is accepted and assumed, sometimes firmly, but in the subjects own terms, in such a way that maintains components of a being that is prior to that new identification, in a way in which the subjects avoid being deceived or misled, maintaining their speech forms. There is not an unconditional subscription to the institutional and instrumental logics of the should-be, but a recognition signified also as want-te-be and can-be. Thence the new political and hybrid subject that is forged is not that new. Such reidentifications are encompassed in a multiplicity of other identifications.eng
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)por
dc.language.isoporpor
dc.publisherUniversidade Federal de São Carlospor
dc.rights.uriAcesso abertopor
dc.subjectQuilombopor
dc.subjectMemóriapor
dc.subjectÁguapor
dc.subjectVidapor
dc.subjectMortepor
dc.subjectSujeitopor
dc.subjectHistória oralpor
dc.subjectEtnografiapor
dc.subjectIdentificaçõespor
dc.subjectVale do Jequitinhonhapor
dc.subjectMinas Geraispor
dc.subjectMuertespa
dc.subjectSujetospa
dc.subjectIdentificacionesspa
dc.subjectMemoryeng
dc.subjectWatereng
dc.subjectLifeeng
dc.subjectDeatheng
dc.subjectSubjecteng
dc.subjectOral historyeng
dc.subjectEthnographyeng
dc.subjectIdentificationseng
dc.subjectJequitinhonha Valleyeng
dc.title“Papagaio velho não pega língua mais, não”: estuciando o jeito de falar e de fazer, o jeito de ser, no quilombo Córrego do Narciso do Meio, Vale do Jequitinhonha (MG)por
dc.title.alternative“Old parrots do not learn a new language”: estuciando the ways of speaking and doing, the ways of being, in the quilombo Córrego do Narciso do Meio, Jequitinhonha Valley (MG)eng
dc.typeTesepor
dc.contributor.advisor1Silva, Maria Aparecida de Moraes
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/6792025643983370por
dc.description.resumoCórrego do Narciso é uma comunidade rural quilombola próxima a Araçuaí, no nordeste semiárido de Minas Gerais, no Vale do Jequitinhonha. Diante de um apagamento histórico do termo quilombo na região, uma reidentificação quilombola por parte de moradores/as ocorreu a partir de 2009. Se não deixamos de nos atentar à dimensão institucional de lutas, por exemplo, pela água, dimensões subjacentes ou subterrâneas aparecem diante da apreensão de componentes da memória coletiva na comunidade, em que à água se mesclam as dimensões da vida, da morte, do encantamento. Categorias assim mescladas e imbricadas, e mobilizadas de maneira móvel e contingente, são compreendidas mais no que Stuart Hall compreende por uma articulação, aberta e em movimento - no que também se permite pensar identificações, em sua fluidez e abertura -, do que a partir de uma leitura do habitus que conduza a um fechamento das identidades. Se há distanciamentos entre ambas as leituras ou compreensões, há também aproximações, como, por exemplo, no pressuposto materialista. Um descentramento dos sujeitos, que aparece empiricamente em concepções e práticas mediadas e coletivas de agência, é, no entanto, propiciado, em um nível teórico, por aquele conceito de articulação, conferindo uma maior leveza - e menos substância - ao tecido social. É assim que se entrelaçam, no texto, categorias porosas e consubstanciais da experiência, como passado, presente e futuro, raça, gênero, classe e geração, campesinidade, ameríndio e negro-banto, cidade e roça, água, terra e alimento, vida e morte, moral, ancestralidade e matrifocalidade. Como objetivo e fio condutor inicial, toma-se a compreensão de um sujeito, em sua processualidade de des-re-identificações, como um recurso heurístico temporário, que também, ao longo da pesquisa, vai dando lugar a uma certa rarefação do objeto de pesquisa, agora imiscuído àquelas outras categorias, também contingentes. A partir de metodologias de história oral, de apreensão da memória, da proposta de feitura de desenhos e mapas (em papel e na terra) por moradores/as de distintas gerações, do percurso de trajetos por lugares de memória e da observação e análise de situações etnográficas, a questão do sujeito foi tomada de maneira suficientemente aberta de modo a permitir que se desdobrasse ou ramificasse naquela multiplicidade de questões e temas. O fio condutor do texto são, portanto, as histórias, memórias, relatos e atividades que pude ouvir, observar e registrar de moradoras e moradores de Córrego do Narciso, apreendidos por mim de forma não restritiva ou não linear. Estuciar, termo que compõe um repertório expandido de um dialeto rural próprio à região, como inflexão de astuciar, designaria essa vitalidade de uma produção-invenção real-ficcional dos fazeres-saberes cotidianos em Córrego Narciso. Uma ambivalência de des-materialização ou de des-estruturação caracterizaria componentes fantásticos e de encantamento de práticas diretamente referidas à vida - como no parto em casa, no plantio de mandioca, no tratamento de doenças e na linguagem -, em que haveria uma suspensão de constrangimentos material-normativos. Estuciar denota essas experimentações, representações, improvisações e inventividades nas formas de falar, de fazer e de se identificar. A reidentificação como quilombola é aceita e assumida, por vezes de maneira firme, mas nos próprios termos dos sujeitos que a processam, de uma forma que mantém componentes de um ser que lhe é anterior, de um modo que não se deixa dobrar a língua, que não se deixa enganar. Não há uma subscrição incondicional à lógica institucional e instrumental do dever-ser, mas um reconhecimento significado também como querer-ser e poder-ser. Daí que o novo sujeito político e híbrido que é forjado não é tão novo assim. São reidentificações envoltas e abarcadas em uma multiplicidade de outras identificações.por
dc.publisher.initialsUFSCarpor
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Sociologia - PPGSpor
dc.subject.cnpqCIENCIAS HUMANAS::ANTROPOLOGIA::ANTROPOLOGIA DAS POPULACOES AFRO-BRASILEIRASpor
dc.subject.cnpqCIENCIAS HUMANAS::SOCIOLOGIApor
dc.subject.cnpqOUTROS::CIENCIAS SOCIAISpor
dc.subject.cnpqOUTROSpor
dc.subject.cnpqCIENCIAS HUMANAS::SOCIOLOGIA::OUTRAS SOCIOLOGIAS ESPECIFICASpor
dc.subject.cnpqCIENCIAS HUMANAS::SOCIOLOGIA::SOCIOLOGIA RURALpor
dc.description.sponsorshipIdCAPES: Código de Financiamento 001por
dc.ufscar.embargoOnlinepor
dc.publisher.addressCâmpus São Carlospor
dc.contributor.authorlatteshttp://lattes.cnpq.br/0834574606662911por


Ficheros en el ítem

Thumbnail

Este ítem aparece en la(s) siguiente(s) colección(ones)

Mostrar el registro sencillo del ítem