Mostrar registro simples

dc.contributor.authorFerreira, João Paulo
dc.date.accessioned2021-10-13T11:32:16Z
dc.date.available2021-10-13T11:32:16Z
dc.date.issued2021-08-26
dc.identifier.citationFERREIRA, João Paulo. AIDS e envelhecimento homossexual: representações gerontológicas e a linguagem da patologia. 2021. Tese (Doutorado em Sociologia) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2021. Disponível em: https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/14988.*
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/14988
dc.description.abstractThis thesis sociologically explores the continuities and ruptures of research on homosexuality and aging from 1970 to 2018. Specifically, it inquiries how the biogerontological sciences have represented homosexuality under the analytical perspective “inclusion-difference”. This prism, called the “inclusion-difference paradigm”, was crystallized mainly in the 1990s in research policies involving funding, recruitment and selection of populations for experimental and randomized studies in the United States. That is, when the so-called “special groups” were included in clinical research funded by the National Institute of Health, and sociological categories were reincorporated into the studies in the form of both political and epidemiological imperatives. The results attest, first, that the representations of homosexuality in (bio)gerontology were split by the sexual panic caused by the HIV/AIDS epidemic in the 1980s and 1990s. Secondly, they allow us to visualize how the discourse for “inclusion” was constituted in association with “difference”, not necessarily providing a more positive vocabulary to people socially demarcated as part of “special groups”. In this context, this study also examined the centrality acquired by the language of pathology during the deadliest period of the HIV-AIDS epidemic – 1981 to 2000 –, confirming not only its descriptive but normative configurations. The language of pathology formed during AIDS epidemic, as evidenced by the data, was closely linked to moralizing discourses, even after the commercial availability of Highly Active Antiretroviral Therapy (HAART), in 1996. While “high risk”, “gay men”, “MSM”, “person with AIDS” and “anal” syncretized and responded to the already known frameworks of gender and sexuality produced by the biomedical sciences, other processes of stigmatization followed a historically unknown trend in biogerontology. As part of the research developed at Harvard University, in the United States, and in the analysis of the AIDS’ Obituaries section – from more than five thousand death records collected from the editions of the Bay Area Reporter, from 1982 to 2000 –, the study produced original information that allowed us to know how deaths also increased an epidemiological vocabulary that conceived a “mortality prophylaxis” based on racializing descriptions. In methodological terms, the research was based on qualitative and quantitative documentary analysis, carried out in the Web of Science database and in collections on sexuality, history of science and AIDS from the Arthur and Elizabeth Schlesinger library, from the Radcliffe Institute for Advanced Study, and from the New York Public Library. Empirical evidence shows that there was a kind of “categorical alignment” in relation to biomedical definitions of homosexuality and aging in the context of the inclusion of so-called “special groups” in the 1990s; and the consolidation of a change in the language of pathology since the spread of HIV-AIDS.eng
dc.description.sponsorshipFundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)por
dc.language.isoporpor
dc.publisherUniversidade Federal de São Carlospor
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/*
dc.subjectAIDSpor
dc.subjectEnvelhecimentopor
dc.subjectAgingeng
dc.subjectHomossexualidadepor
dc.subjectHomosexualityeng
dc.subjectSociologia da ciênciapor
dc.subjectSociology of scienceeng
dc.subjectBiogerontologiapor
dc.subjectBiogerontologyeng
dc.subjectGêneropor
dc.subjectGendereng
dc.titleAIDS e envelhecimento homossexual: representações gerontológicas e a linguagem da patologiapor
dc.title.alternativeAIDS and homosexual aging: gerontological representations and the language of pathologyeng
dc.typeTesepor
dc.contributor.advisor1Miskolci, Richard
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/1623888309974862por
dc.description.resumoEsta tese explora sociologicamente as continuidades e rupturas das pesquisas sobre homossexualidade e envelhecimento de 1970 a 2018. Interroga como as ciências biogerontológicas representaram a homossexualidade sob o prisma analítico do “paradigma inclusão-diferença”, cristalizado na década de 1990 em políticas de pesquisa envolvendo financiamento, recrutamento e seleção de populações para estudos experimentais de tipo randomizado nos Estados Unidos. Isto é, quando houve a inclusão dos chamados “grupos especiais” em pesquisas clínicas financiadas pelo National Institute of Health, e categorias sociológicas foram reincorporadas aos estudos sob a forma de imperativos tanto políticos quanto epidemiológicos. Os resultados atestam, em primeiro lugar, que as representações da homossexualidade na (bio)gerontologia foram clivadas pelo pânico sexual causado pela epidemia de HIV/AIDS nas décadas de 1980 e 1990. Em segundo lugar, permitem visualizar como o discurso pela inclusão se constituiu em associação ao da diferença, não necessariamente provendo um vocabulário mais positivo a pessoas demarcadas socialmente como parte dos “grupos especais”. Neste contexto, este estudo também examinou a centralidade adquirida pela “linguagem da patologia” durante o período mais mortal da epidemia de HIV-AIDS – 1981 a 2000 –, confirmando não apenas seus contornos descritivos, mas normativos. A linguagem da patologia formada durante a AIDS, conforme os dados provam, esteve intimamente vinculada a discursos moralizantes, mesmo após a disponibilização comercial da Terapia Antirretroviral Altamente Ativa (HAART). Enquanto “high risk”, “gay men”, “MSM”, “person with AIDS” e “anal” sincretizavam e respondiam aos enquadramentos de gênero e sexualidade já conhecidos produzidos pelas ciências biomédicas, outros processos de estigmatização seguiram uma tendência historicamente desconhecida na biogerontologia. Como parte da pesquisa desenvolvida na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e em análise à secção de Obituários da AIDS – a partir de mais de cinco mil registros de óbitos coletados das edições do Bay Area Reporter, de 1982 a 2000 –, o estudo produziu informações originais que permitiram saber como os óbitos também recrudesceram um vocabulário epidemiológico que concebeu uma “profilaxia de mortalidade” baseada em descrições racializantes. Em termos metodológicos, a pesquisa se baseou em análise documental qualitativa e quantitativa, realizada no banco de dados Web of Science e em coleções sobre sexualidade, história da ciência e AIDS da biblioteca Arthur and Elizabeth Schlesinger, do Radcliffe Institute for Advanced Study, e da New York Public Library. Evidências empíricas mostram que houve uma espécie de “alinhamento categórico” em relação às definições biomédicas sobre homossexualidade e envelhecimento no contexto da inclusão dos chamados “grupos especiais” na década de 1990; e a consolidação de uma mudança na linguagem da patologia desde a disseminação do HIV-AIDS.por
dc.publisher.initialsUFSCarpor
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Sociologia - PPGSpor
dc.subject.cnpqCIENCIAS HUMANAS::SOCIOLOGIA::SOCIOLOGIA DA SAUDEpor
dc.description.sponsorshipIdFAPESP: 19/10677-4por
dc.description.sponsorshipIdFAPESP: 17/23665-9por
dc.publisher.addressCâmpus São Carlospor
dc.contributor.authorlatteshttp://lattes.cnpq.br/9428095523556498por


Arquivos deste item

Thumbnail
Thumbnail
Thumbnail

Este item aparece na(s) seguinte(s) coleção(s)

Mostrar registro simples

Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
Exceto quando indicado o contrário, a licença deste item é descrito como Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil