Show simple item record

dc.contributor.authorMarques, Isabela Paschoalotto
dc.date.accessioned2020-05-13T12:39:16Z
dc.date.available2020-05-13T12:39:16Z
dc.date.issued2020-02-19
dc.identifier.citationMARQUES, Isabela Paschoalotto. A saúde mental brasileira sob o olhar decolonial: contribuições para o debate da saúde mental global a partir de uma experiência de cooperação internacional com a Itália. 2020. Dissertação (Mestrado em Terapia Ocupacional) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2020. Disponível em: https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/12712.*
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/12712
dc.description.abstractGlobal Mental Health aims to understand the impact of mental disorders on different populations of the globe, and to fill the gap of access to diagnosis and effective treatments for people in distress, especially in low and middle income countries. However, these initiatives have meant the spread of hegemonic ways of understanding and dealing with the suffering that indicate a relationship with coloniality. Regarding the current dilemmas that permeate Global Mental Health, there is a need for research and practices that consider the local context and the daily lives of its actors. This research proposes to identify similarities, particularities and paradoxes around mental health care that emerge from the process of exchanging of knowledge, and from practices of an experience of international cooperation between Brazil and Italy; and to identify, through the decolonial perspective, possible relationships between the Global Mental Health movement and mental health care practices in the Brazilian locations that were surveyed. It was a qualitative collaborative research, based on an ethnographic approach proposed within a Virtual Community of Practices (CoP), which included the participation of family members, users, professionals and service managers, volunteers from associations, and researchers, from Brazil and Italy. The research field was constituted by health services and other territories in the cities of Araraquara, São Carlos, Perugia and Gubbio, and by the CoP's face-to-face and virtual spaces. The data produced was based on: online forms of characterization of participants; narrative and audiovisual materials produced by the participants in order to present their respective care practices; collective reports of face-to-face meetings; and the researcher's field diary. The data was analyzed with the use of the NVIVO software, following the prerogatives of Bardin's Content Analysis for coding the findings. The results were about: 1) the imaginary of the Brazilians about Italy, and of the Italians about Brazil; 2) the paradoxes of mental health care in both locations, namely a) the underfunding of the public health system, the privatization process and the implication of political elections for mental health; b) the centrality of psychiatry in the practice of care and its representation by the hero-villain binomial; c) the relationship between the absence of social support networks and asylum practices d) the lack of connectivity between the networks (intra-team, inter-team, and between teams and communities): technologies, time and collective suffering; e) the challenge of building territorial care with focus on promoting mental health. As a third point, it was possible to identify the resonances of Global Mental Health in Brazil, visualizing aspects of coloniality, as well as the possibilities of creating deviations and ruptures in the hegemonic approaches from local actors, and their context and daily life, with a focus on minor knowledges. The third space appears as a possibility to face the challenges related to international cooperation, practice and research. We concluded that the research enabled the establishemt of dialogue between Brazil and Global Mental Health, based on an experience of exchange with Italy, and that it opened perspectives for the construction of decolonial practices in mental health.eng
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)por
dc.language.isoporpor
dc.publisherUniversidade Federal de São Carlospor
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/*
dc.subjectSaúde mentalpor
dc.subjectCooperação internacionalpor
dc.subjectSaúde mental globalpor
dc.subjectComunidade de práticapor
dc.subjectCuidado em saúdepor
dc.subjectColonialidadepor
dc.subjectMental healtheng
dc.subjectInternational cooperationeng
dc.subjectGlobal mental healtheng
dc.subjectCommunity of practiceeng
dc.subjectHealth careeng
dc.subjectColonialityeng
dc.titleA saúde mental brasileira sob o olhar decolonial: contribuições para o debate da saúde mental global a partir de uma experiência de cooperação internacional com a Itáliapor
dc.title.alternativeThe brazilian mental health under the decolonial perspective: contribution to the global mental health debate from an experience of international cooperation with Italyeng
dc.typeDissertaçãopor
dc.contributor.advisor1Marcolino, Taís Quevedo
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/7197838515800679por
dc.description.resumoA Saúde Mental Global se propõe a compreender o impacto dos transtornos mentais nas diferentes populações do globo e suprir a lacuna de acesso das pessoas em sofrimento ao diagnóstico e tratamentos eficazes, principalmente em países de média e baixa renda. No entanto, essas iniciativas têm significado a difusão de modos hegemônicos de compreender e lidar com o sofrimento que indicam relação com a colonialidade. Diante dos atuais dilemas que permeiam a Saúde Mental Global, surge a necessidade de pesquisas e práticas que considerem o contexto local e o cotidiano de seus atores. A presente pesquisa propôs identificar similaridades, particularidades e paradoxos em torno do cuidado em saúde mental emersos do processo de troca de saberes e de práticas ao interno de uma experiência de cooperação internacional entre Brasil e Itália; e identificar, por meio da perspectiva decolonial, possíveis relações entre o movimento da Saúde Mental Global e as práticas de cuidado em saúde mental nas localidades brasileiras pesquisadas. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa colaborativa, de abordagem etnográfica, proposta ao interno de uma Comunidade Virtual de Práticas (CoP), que abarcou a participação de familiares, usuários, profissionais e gestores dos serviços, voluntários de associações e pesquisadores, brasileiros e italianos. O campo da pesquisa constituiu-se pelos serviços de saúde e por outros territórios das cidades de Araraquara, São Carlos, Perugia e Gubbio, e pelos espaços presenciais e virtuais da CoP. Os instrumentos de produção dos dados foram: formulário online de caracterização dos participantes; materiais narrativos e audiovisuais produzidos pelos participantes para apresentar suas respectivas práticas de cuidado; relatórios coletivos dos encontros presenciais; e diário de campo da pesquisadora. Os dados foram analisados por meio do software NVIVO, seguindo as prerrogativas da Análise de Conteúdo de Bardin para codificação dos achados. Os resultados discorreram sobre: 1) os imaginários, dos brasileiros sobre a Itália e dos italianos sobre o Brasil; 2) os paradoxos do cuidado em saúde mental nas duas localidades, sendo eles a) o subfinanciamento do sistema público de saúde, o avanço da privatização e a implicação das eleições para a saúde mental; b) a centralidade da psiquiatria no cuidado e sua representação pelo binômio herói-vilão; c) a relação entre a ausência de redes de suporte social e práticas manicomiais d) a falta de conectividade entre as redes (intra-equipe, inter-equipe e entre as equipes e as comunidades): as tecnologias, o tempo e o sofrimento coletivo; e) o desafio de construir um cuidado territorial com enfoque na promoção da saúde mental. Como terceiro ponto foi possível identificar as ressonâncias da Saúde Mental Global no Brasil, visualizando os marcadores da colonialidade, assim como as possibilidades de criar desvios e rupturas nas lógicas hegemônicas a partir dos atores locais, seu contexto e seu cotidiano, com enfoque nos saberes menores. O terceiro espaço surge como possibilidade de enfrentamento dos desafios relacionados à cooperação internacional, à prática e à pesquisa. Concluímos que o trabalho possibilitou a construção de um diálogo entre Brasil e Saúde Mental Global, a partir de uma experiência de troca com a Itália e, que abriu horizontes para a construção de práticas decoloniais em saúde mental.por
dc.publisher.initialsUFSCarpor
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Terapia Ocupacional - PPGTOpor
dc.subject.cnpqCIENCIAS DA SAUDE::FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONALpor
dc.description.sponsorshipIdCAPES: 88882.426838/2019-01por
dc.publisher.addressCâmpus São Carlospor
dc.contributor.authorlatteshttp://lattes.cnpq.br/9097887051993128por


Files in this item

Thumbnail
Thumbnail
Thumbnail

This item appears in the following Collection(s)

Show simple item record

Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
Except where otherwise noted, this item's license is described as Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil