dc.contributor.author | Martins, Sofia | |
dc.date.accessioned | 2021-10-13T12:16:52Z | |
dc.date.available | 2021-10-13T12:16:52Z | |
dc.date.issued | 2021-08-12 | |
dc.identifier.citation | MARTINS, Sofia. Repercussões da experiência de racismo nas ocupações maternais de mulheres negras: estratégias de enfrentamento. 2021. Tese (Doutorado em Terapia Ocupacional) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2021. Disponível em: https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/14993. | * |
dc.identifier.uri | https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/14993 | |
dc.description.abstract | In the Brazilian context, the percentage of black and mixed-race women who play the role of mothers is higher than that of white women. Although very rare in the field of Occupational Therapy, studies show that the black population, specifically black women, experience inequalities and face situations of racism on a daily basis. In childrearing, the conditions of racial violence remain, expressing themselves in symbolic and physical violence in school contexts, work environments and in State policies. This study seeks to answer the following question “How does the experience of racism faced by black women affect their maternal occupations?”. The research, with a qualitative approach, adopted the body mapping storytelling that is based on oral narratives, graphic and artistic resources. Ten female mothers with a mean age of 35.9 years participated in the study. The generated data were analyzed through thematic analysis. The results are presented in three parts: Part I. Ten motherhood stories narrated through body maps storytelling; Part II. What is a collective problem? Impacts of racism in the daily lives of black women mothers; Part III. Proposed agenda: exposing the messages of black women mothers to others. The centrality of the elements of race and racism is highlighted in the participants' narratives, which allow the identification of the processes of constitution of black identity permeated by episodes of violence in different contexts, with the school as the main stage. It is noted that, in the mothering process, from before conception to parenting and education, black women deal with concerns and fears related to the idealization of this child, as well as feelings of self-vigilance in spaces of racial socialization. When raising children, they even go through repertoires of racial rituals and etiquette that continue to be linked to a racist structure, albeit in an unintentional way. The study shows that black women mothers develop an occupational imaginary constituted and based on the maintenance, rupture or support of the transgressive teachings of the mother figure, as well as the individual elaborations of the constitution of their own black racial identity and consciousness, which may be related to a subjective level, and not necessarily at a political level. The occupational imaginary of black mothers materializes through an ingenious care work that seeks the protection and personal fulfillment of their children, but does not necessarily prepare and protect their children for the strengthening of black identity and mitigation of the complex and violent effects of racism. From a technical-professional point of view, the study provided foundations on the singularities and particularities of black mothers and childhoods that demonstrate the urgency of considering the specificities of these lives in the field of occupational therapy. This will guarantee the commitment and the ethical-political horizon in the construction of professional practices and innovative public policies capable of transforming the occupational contexts in which institutional racism is produced and perpetuated. | eng |
dc.description.sponsorship | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) | por |
dc.language.iso | por | por |
dc.publisher | Universidade Federal de São Carlos | por |
dc.rights | Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil | * |
dc.rights.uri | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ | * |
dc.subject | Maternidade | por |
dc.subject | População negra | por |
dc.subject | Racismo | por |
dc.subject | Atividades cotidianas | por |
dc.subject | Ocupação | por |
dc.subject | Terapia Ocupacional | por |
dc.subject | Maternity | eng |
dc.subject | Black population | eng |
dc.subject | Racism | eng |
dc.subject | Everyday activities | eng |
dc.subject | Occupation | eng |
dc.subject | Occupational Therapy | eng |
dc.title | Repercussões da experiência de racismo nas ocupações maternais de mulheres negras: estratégias de enfrentamento | por |
dc.title.alternative | Repercussions of the experience of racism in the maternal occupations of black women: coping strategies | eng |
dc.type | Tese | por |
dc.contributor.advisor1 | Magalhães, Lilian Vieira | |
dc.contributor.advisor1Lattes | http://lattes.cnpq.br/8695787131933459 | por |
dc.description.resumo | No contexto brasileiro, o percentual de mulheres negras e pardas que exercem o papel de mães é superior ao de mulheres brancas. Embora raríssimos na área de Terapia Ocupacional, estudos mostram que a população negra, especificamente as mulheres negras, experimentam desigualdades e enfrentam situações de racismo cotidianamente. Na criação dos filhos, as condições de violência racial permanecem, expressando-se na violência simbólica e física nos contextos escolares, ambientes de trabalho e em políticas do Estado. O presente estudo busca responder à seguinte questão: “Como a experiência do racismo enfrentado pelas mulheres negras repercute em suas ocupações maternais?”. A pesquisa, de abordagem qualitativa, adotou o mapeamento corporal narrado que se baseia em narrativas orais, recursos gráficos e artísticos. Participaram do estudo dez mulheres mães com idade média de 35,9 anos. No quesito de cor/raça, oito das participantes autodeclaram-se como pretas, uma parda e uma negra. Os dados gerados foram analisados através de análise temática. Os resultados são apresentados em três partes. Parte I: dez histórias de maternagem narradas através de mapas corporais. Parte II: o que é um problema coletivo? Impactos do racismo, no cotidiano de mulheres mães negras. Parte III: proposta de agenda, ou, exposição das mensagens das mulheres mães negras aos outros. Ressalta-se a centralidade dos elementos raça e racismo nas narrativas das participantes, que permitem a identificação dos processos de constituição da identidade negra permeados por episódios de violência em diferentes contextos, tendo como palco principal a escola. Observa-se que, no processo de maternagem, desde antes da concepção até o cuidado e educação, a mulher negra lida com preocupações e medos relacionados com a idealização desse filho, bem como os sentimentos de autovigilância em espaços de socialização racial. Ao criar os filhos, elas passam, inclusive, por repertórios de rituais e etiquetas raciais que continuam articulados com uma estrutura racista, ainda que de modo não intencional. O estudo mostra que as mulheres mães negras desenvolvem imaginário ocupacional constituído e baseado na manutenção, ruptura ou sustentação dos ensinamentos transgressores da figura materna, assim como das próprias elaborações individuais da constituição da própria identidade e consciência racial negra, que pode estar relacionada a um nível subjetivo, não necessariamente político. O imaginário ocupacional das mães negras materializa-se através de engenhoso trabalho de cuidado que busca a proteção e a realização pessoal de seus filhos, mas, não necessariamente prepara e protege os filhos para o fortalecimento da identidade negra e mitigação dos efeitos complexos e violentos do racismo. Do ponto de vista técnico-profissional, o estudo trouxe fundamentos sobre as singularidades e particularidades das mães e infâncias negras que demonstram a urgência de considerar as especificidades dessas vidas, no campo da terapia ocupacional. Isso garantirá o compromisso e o horizonte ético-político na construção de práticas profissionais e políticas públicas inovadoras capazes de transformar os contextos ocupacionais nos quais o racismo institucional é produzido e perpetuado. | por |
dc.publisher.initials | UFSCar | por |
dc.publisher.program | Programa de Pós-Graduação em Terapia Ocupacional - PPGTO | por |
dc.subject.cnpq | CIENCIAS DA SAUDE::FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL | por |
dc.description.sponsorshipId | CAPES: Código de Financiamento 001 | por |
dc.publisher.address | Câmpus São Carlos | por |
dc.contributor.authorlattes | http://lattes.cnpq.br/3202960614207080 | por |