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dc.contributor.authorAndrade, Paula Fernanda de
dc.date.accessioned2024-07-04T16:48:26Z
dc.date.available2024-07-04T16:48:26Z
dc.date.issued2023-09-20
dc.identifier.citationANDRADE, Paula Fernanda de. Visão de maloqueiro: uma carta sobre as juventudes pretas faveladas, o funk e a saúde mental. 2023. Dissertação (Mestrado em Terapia Ocupacional) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2023. Disponível em: https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/19788.*
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/19788
dc.description.abstractIn Brazil, one of the biggest cultural movements of peripheral youth in the 20th and 21st centuries is Funk, which emerged from urban popular culture, mainly in the states of Rio de Janeiro and São Paulo. The funk movement aims to contest and challenge the hegemonic system, through music, dance, “dances” and its own aesthetics, evidenced by clothes, haircuts and accessories, popularly called “kit”. The central figure of funk culture is the boy, black, poor and from the favelas, who, contrary to the silencing structure in which he is daily inferiorized and segregated, through funk performance in search of protagonism. This protagonism can be read concretely in most funk lyrics. We could affirm that through funk, these young people exercise their cultural citizenship rights on a daily basis, as Chauí (2008) has proposed, as they actively insert themselves in their territories, produce themselves as subjects and invent forms of social participation in cultural circuits and politicians.This research aims to understand how black, peripheral and funk culture has produced the possibility of existence, creation and transformation of realities. As well as highlighting how the production of mental health occurs in this context, understanding here, mental health not as the absence of a disorder or illness, but as the experience of citizenship itself, subjectivation and the possibility of existing and creating new experiences and spaces of belonging in the world, that is, in the sense of the collective production of subjectivity. For this, methodologically, intervention research was used, with cartographic reference based on the interview technique to produce data in dialogue with the concept of Writing by the author Conceição Evaristo. Six self-declared young participants, black, peripheral and funk fans, were interviewed. The results were presented based on eight dimensions: (1) characterization of participants, (2) Conceptions of mental health, (3) Black emotionality, (4) Memories, belongings and records, (5) Collective and political action, ( 6) the body, corporeality and the aesthetic dimension, (7) Racism and everyday life and (8) Negritude, funk and the field of mental health. It concludes that the field of mental health is urgently positioned to contribute to the promotion of racial equity and the deinstitutionalization of racism, which David and Vicentin (2020) called the Aquilombamento process. In this sense, funk cultural production needs to be highlighted in this field, since it presents itself as a powerful expression of the ethical, aesthetic and political dimensions of the mental health of the young black Brazilian population, and points us to clues for the production of care practices and of social transformation.eng
dc.description.sponsorshipNão recebi financiamentopor
dc.language.isoporpor
dc.publisherUniversidade Federal de São Carlospor
dc.rightsAttribution 3.0 Brazil*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by/3.0/br/*
dc.subjectSaúde mentalpor
dc.subjectRacismopor
dc.subjectCulturapor
dc.subjectReforma psiquiátricapor
dc.titleVisão de maloqueiro: uma carta sobre as juventudes pretas faveladas, o funk e a saúde mentalpor
dc.title.alternativeVisão de maloqueiro: a letter about black youth in the favelas, funk, and mental healtheng
dc.title.alternativeVisão de Maloqueiro: Una carta sobre las juventudes negras en las favelas, el funk y la salud mentalpor
dc.typeDissertaçãopor
dc.contributor.advisor1Ferigato, Sabrina Helena
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/3248396158325409por
dc.description.resumoNo Brasil, um dos maiores movimentos culturais da juventude periférica do século XX e XXI é o Funk, que emergiu da cultura popular urbana, principalmente nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. O movimento do funk se propõe a contestar e desafiar o sistema hegemônico, por meio da música, da dança, dos “bailes” e da sua estética própria, evidenciada pelas roupas, cortes de cabelo e acessórios, chamado popularmente de “kit”. A figura central da cultura funkeira é o menino, preto, pobre e favelado que contrariando a estrutura silenciadora na qual é cotidianamente inferiorizado e segregado, através da performance funkeira busca protagonismo. Este protagonismo pode ser lido concretamente na maior parte das letras de funks. Poderíamos afirmar que a partir do funk esses jovens exercem diariamente seus direitos de cidadania cultural como tem proposto Chauí (2008), na medida em que se inserem ativamente em seus territórios, produzem-se como sujeitos e inventam formas de participação social nos circuitos culturais e políticos. Esta pesquisa propõe-se a compreender como a cultura negra, periférica e funkeira tem produzido possibilidade de existência, criação e transformação das realidades. Assim como evidenciar como se dá a produção de saúde mental neste contexto, entendendo aqui, saúde mental não como a ausência de um transtorno ou doença, mas como a própria experiência da cidadania, a subjetivação e a possibilidade de existir e criar novas vivências e espaços de pertencimento no mundo, ou seja, no sentido da produção coletiva da subjetividade. Para isto, metodologicamente fez-se uso da pesquisa-intervenção, com referência cartográfica a partir da técnica de entrevistas para produção de dados em diálogo com o conceito de Escrevivência da autora Conceição Evaristo. Foram entrevistados seis participantes jovens autodeclarados, negros, periféricos e funkeiros. Os resultados foram apresentados a partir de oito dimensões: (1) caracterização os participantes, (2) Concepções de saúde mental, (3) A emocionalidade negra, (4) Memórias, pertencimentos e registros, (5) Ação coletiva e política, (6) o corpo, a corporeidade e a dimensão estética, (7) Racismo e cotidiano e (8) Negritude, funk e o campo da saúde mental. Conclui-se a urgência do campo da saúde mental em se posicionar contribuindo para a promoção da equidade racial e para a desinstitucionalização do racismo, o que David e Vicentin (2020), denominaram de processo de Aquilombamento. Neste sentido, a produção cultural funkeira precisa ser evidenciada neste campo, uma vez que se apresenta como uma expressão potente das dimensões éticas, estéticas e políticas da saúde mental da população jovem negra brasileira, e nos aponta pistas para a produção de práticas de cuidado e de transformação social.por
dc.publisher.initialsUFSCarpor
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Terapia Ocupacional - PPGTOpor
dc.subject.cnpqCIENCIAS DA SAUDE::FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONALpor
dc.publisher.addressCâmpus São Carlospor
dc.contributor.authorlatteshttps://lattes.cnpq.br/4139694012784127por
dc.contributor.authororcidhttps://orcid.org/0000-0003-2677-8235por
dc.contributor.advisor1orcidhttps://orcid.org/0000-0001-7567-7225por


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