Show simple item record

dc.contributor.authorOliveira, Júlia de Mello Silva
dc.date.accessioned2019-04-02T12:18:55Z
dc.date.available2019-04-02T12:18:55Z
dc.date.issued2019-02-22
dc.identifier.citationOLIVEIRA, Júlia de Mello Silva. O real como poliedro: a mímesis em Zero e A festa. 2019. Dissertação (Mestrado em Estudos de Literatura) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2019. Disponível em: https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/11172.*
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/11172
dc.description.abstractSince Zero (1975, Ignácio de Loyola Brandão) and A festa (1976, Ivan Ângelo) were published, the criticism about these works, in general, has analyzed them as experimental novels, justifying this experimental feature due to the context from which they have emerged, the Brazilian military dictatorship. It means, in short, that criticism focus on their fragmentary aspect and their multiplicity of point of views enclosed by them as a direct consequence (of the chaos) of conjuncture that they portray. However, aiming to illuminate another point of this discussion about the relationship between these novels and real that they evoke, through the review of the criticism’s monophony, this research, considering authoritarian regime as an intensifier of their aesthetic work, takes for hypothesis that such novels’ form are legatee of Representational Crisis from the end of nineteenth century. Thus, if we consider Brandão (2005), Bakhtin (2010) and Luiz Costa Lima (2009) theories together, we take into account that the novel is a protean genre (constituted by the contact with other textual and discursive genres) which centralizes mimesis and, hence, fiction issues. Thereby, because its metamorphic character, novel was transformed through time, until 19th century, inside a Western thinking paradigm – which has been consolidated, with variations – essentially metaphysic or substantialist that goes into crises at the turn of the 20th century, transforming the understanding of the relationship between Subject-Reality-Truth. This update, based on Pellegrini (2007;2009) and Lima (2003;2014), in literary terms, culminated on “representational crises” and “mimesis reconsideration”, causing a recomprehention of literary categories, especially narrative, as a consequence of the new conception of the Subject seen as a fractured catalytic prism of a real that turns polyhedral, subjetctly constructed from the way each individual (through his/her history) apprehends it, of which time is disruptive and space heterogeneous or disorded. Materially, it accrues from that refracted aesthetic, a set of aesthetic-representational techniques in accordance with the idea of plurality of faces and versions of the real and proportional to the diversity of ways of apprehending it. Therefore, Zero and A festa are novels with a form (without a center and with an absent center, respectively) intensified by the dictatorial conjuncture, but of an earlier origin, which goes back to the changes brought to literature, to the narrative in particular, by the critical-problematic consciousness about the relativity of concepts as real, truth, subject and representation.eng
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)por
dc.language.isoporpor
dc.publisherUniversidade Federal de São Carlospor
dc.rights.uriAcesso abertopor
dc.subjectMímesispor
dc.subjectRepresentaçãopor
dc.subjectRomance pós-64por
dc.subjectZeropor
dc.subjectA festapor
dc.subjectMímesispor
dc.subjectRepresentationeng
dc.subjectPost-dictatorship noveleng
dc.subjectZeroeng
dc.subjectA festaeng
dc.titleO real como poliedro: a mímesis em Zero e A festapor
dc.typeDissertaçãopor
dc.contributor.advisor1Rocha, Rejane Cristina
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/5669300635333699por
dc.description.resumoDesde a publicação de Zero (1975, Ignácio de Loyola Brandão) e A festa (1976, Ivan Ângelo), a crítica sobre tais obras, de maneira geral, as analisou como romances experimentais, justificando sua forma em razão do contexto de que emergiram: a ditadura militar brasileira. Ou seja, diz, em suma, de seu aspecto fragmentário e da multiplicidade de pontos de vista que encerram como consequência direta (do caos) da conjuntura que retratam. Com o objetivo, porém, de iluminar outro ponto de discussão sobre a relação desses romances com o real que evocam, pela revisão da monofonia da crítica, o presente trabalho, considerando o período um intensificador de sua elaboração estética, toma por hipótese que sua forma é, antes, legatária da crise da representação realista do século XIX. Assim, somando as teorias de Brandão (2005), Bakhtin (2010) e Luiz Costa Lima (2009), temos em conta que o romance é um gênero constituído pelo contato com outros gêneros textuais ou discursivos e proteiforme, que centraliza a questão da mímesis e, por conseguinte, da ficção. Sendo assim, dado seu caráter metamórfico, o gênero transformou-se ao longo do tempo, até o século XIX, dentro de um paradigma – que foi se consolidando, com variações – do pensamento ocidental essencialmente metafísico ou substancialista que entra em crise na virada para o século XX, atualizando o modo de se compreender as relações entre sujeito-realidade-verdade. Essa atualização, com base em Pellegrini (2007;2009) e Costa Lima (2003;2014), em termos literários, culminou na “crise da representação” e na “reconsideração da mímesis”, resultando na recompreensão das categorias literárias, especialmente narrativas, como consequência das novas concepções de sujeito, fraturado, catalisador e prisma de um real, poliédrico, subjetivamente construído a partir do modo como cada indivíduo (por meio de sua história) o apreende, cujo tempo é disruptivo e o espaço heterogêneo, desordenado. Materialmente, disso decorre uma estética refratada, um conjunto de técnicas estético-representacionais em consonância com a ideia de pluralidade das faces e versões do real e proporcionais à diversidade de modos de apreendê-lo. Zero e A festa, portanto, romances emersos da conjuntura ditatorial, tem sua forma (ausente de centro e de centro ausente, respectivamente) intensificada por ela, mas de origem anterior, que remonta às mudanças levadas à literatura, à narrativa em especial, pela consciência crítico-problemática acerca da relatividade de conceitos como real, verdade, sujeito e representação.por
dc.publisher.initialsUFSCarpor
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Estudos de Literatura - PPGLitpor
dc.subject.cnpqLINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LITERATURA BRASILEIRApor
dc.subject.cnpqLINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::TEORIA LITERARIApor
dc.description.sponsorshipIdCapes: 1692060por
dc.ufscar.embargoOnlinepor
dc.publisher.addressCâmpus São Carlospor
dc.contributor.authorlatteshttp://lattes.cnpq.br/0358215216384521por


Files in this item

Thumbnail

This item appears in the following Collection(s)

Show simple item record