dc.contributor.author | Motta, Luana Dias | |
dc.date.accessioned | 2018-05-09T18:46:47Z | |
dc.date.available | 2018-05-09T18:46:47Z | |
dc.date.issued | 2017-11-07 | |
dc.identifier.citation | MOTTA, Luana Dias. Fazer estado, produzir ordem: sobre projetos e práticas na gestão do conflito urbano em favelas cariocas. 2017. Tese (Doutorado em Sociologia) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2017. Disponível em: https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/9931. | * |
dc.identifier.uri | https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/9931 | |
dc.description.abstract | This thesis deals with the urban conflict in contemporary Brazil, which in recent decades has
had violence as the core of its figuration. Specifically, it reflects on the contours assumed by
state management in the effort to contain this conflict through social projects and programs
with poor populations. Looking at state management through social projects contributes to the
debate about state interventions in poverty areas by highlighting other forms of intervention
besides the police action, but above all by pointing out the relationship and complementarity
between management via social and that one supported by state repression. The research was
developed from ethnographic work carried out in the favela Cidade De Deus (City of God), in
Rio de Janeiro, focused on the routine of police-teachers assigned from the local UPP to teach
courses and on the work of counselors and tutors who performed individual assistance for
young people. The perceptions of these state agents about the urban conflict and about the
strategies to intervene with it are synthesized from the descriptions of their daily practices
with the so-called vulnerable young people. Their strategies for approaching these young
people, categorizing them as dangerous or virtuous, and explaining the reasons for the
different profiles signal a way of doing management that is not restricted to the Cidade de
Deus. There are four dimensions of this way of doing social management to be remarked. The
social origin of these state agents "on the edge" is very similar to those they deal with; when
"poor people are taking care of poor people" identifications and familiarity are produced, but
also hierarchies and distinctions, which allow the affections and engagements to combine with
the effort to produce order and normalization. The second dimension refers to the centrality of
the category of vulnerable youth, not only as a part of the population but, above all, as an
operating category that integrates the grid from which the urban conflict itself is read.
Making vulnerable youth legible to intervene on it is an imperative. The third dimension
touches on the fact that vulnerability is the metric through which it has been possible to
differentiate the poor, classifying them according to the risks of them becoming agents of
violence and threat to society. The fourth dimension concerns the fact that the management of
urban conflict via social does not appear as an alternative to or opposes to public security;
rather the social has been constituted as a complementary form of doing public security,
having its objectives strongly coupled with efforts to produce order, prevent and combat
violence. In this perspective, state practices directed to poor populations are increasingly
synonymous with containment of urban conflict. In this sense, observing the practices of state
agents who are "on the edge" of social interventions in poverty territories allows us to
reveal the "making state" in and by the efforts to produce order. | eng |
dc.description.sponsorship | Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) | por |
dc.language.iso | por | por |
dc.publisher | Universidade Federal de São Carlos | por |
dc.rights.uri | Acesso aberto | por |
dc.subject | Conflito urbano | por |
dc.subject | Práticas estatais | por |
dc.subject | Legibilidades | por |
dc.subject | Vulnerabilidade | por |
dc.subject | Gestão da pobreza | por |
dc.subject | Urban conflict | eng |
dc.subject | State practices | eng |
dc.subject | Legibilities | eng |
dc.subject | Vulnerability | eng |
dc.subject | Poverty management | eng |
dc.title | Fazer estado, produzir ordem: sobre projetos e práticas na gestão do conflito urbano em favelas cariocas | por |
dc.title.alternative | Faire l’état, produir ordre: sur des projets et des pratiques dans la gestion du conflit urbain dans les favelas à Rio de Janeiro | fre |
dc.type | Tese | por |
dc.contributor.advisor1 | Feltran, Gabriel de Santis | |
dc.contributor.advisor1Lattes | http://lattes.cnpq.br/6789864439048444 | por |
dc.description.resumo | Esta tese trata do conflito urbano no Brasil contemporâneo, que nas últimas décadas tem tido
a violência como o cerne de sua figuração. De modo específico, reflete sobre os contornos
assumidos pela gestão estatal no esforço de contenção desse conflito por meio de projetos e
programas sociais junto a populações pobres. Olhar para a gestão estatal via projetos sociais
contribui para o debate acerca das intervenções estatais em territórios de pobreza na medida
em que coloca em evidência outras formas de intervenção que não a policial, mas, sobretudo,
por apontar a relação e a complementariedade entre a gestão via social e aquela apoiada na
repressão. A pesquisa foi desenvolvida a partir de trabalho etnográfico realizado na Cidade de
Deus-RJ e concentrou-se na rotina de policiais-professores cedidos da UPP local para
ministrarem cursos no Centro de Referência da Juventude (CRJ) e na de conselheiras e tutoras
que realizavam atendimentos individuais a jovens no âmbito do Programa Caminho Melhor
Jovem (CMJ). A leitura desses agentes estatais sobre o conflito urbano e as estratégias para
intervir junto a ele são sintetizadas a partir das descrições de suas práticas cotidianas junto aos
chamados jovens vulneráveis. Suas estratégias para se aproximarem desses jovens, classificá-
los como perigosos ou virtuosos e explicar as razões para os diferentes perfis sinalizam para
um modo de fazer gestão que não se restringe à Cidade de Deus. São quatro as dimensões
desse modo de fazer gestão via social a serem remarcadas. A primeira é que a origem social
desses agentes estatais “na ponta” é muito semelhante a daqueles que atendem; quando se tem
“pobres cuidando de pobres”, são produzidas identificações e aproximações, mas também
hierarquizações e distinções, o que possibilita que afetos e engajamentos se combinem com o
esforço de produzir ordem e normalização. A segunda dimensão refere-se à centralidade da
categoria juventude vulnerável, não apenas como parcela da população, mas, acima de tudo,
como categoria operadora que integra a grade a partir da qual o próprio conflito urbano é lido.
Tornar a juventude vulnerável legível para intervir sobre ela constitui-se como um imperativo.
A terceira dimensão toca no fato de a vulnerabilidade ser a métrica por meio da qual tem sido
possível estabelecer a distinção entre os pobres, os classificando segundo os riscos de se
tornarem agentes da violência e ameaça à sociedade. A está relacionada ao fato de a gestão do
conflito urbano via social não figurar como alternativa à segurança pública ou a ela se opor;
ao contrário, o social tem se constituído como forma complementar de fazer segurança
pública, tendo seus objetivos fortemente acoplados aos esforços de produção de ordem,
prevenção e combate à violência. Nessa perspectiva, as práticas estatais junto a populações
pobres são, cada vez mais, sinônimo de contenção do conflito urbano, observá-las a partir do
cotidiano dos agentes que estão “na ponta” da implementação nos permite colocar em
evidência quando o fazer estado e produzir ordem se confundem em uma mesma lógica e
caminham no mesmo sentido. | por |
dc.publisher.initials | UFSCar | por |
dc.publisher.program | Programa de Pós-Graduação em Sociologia - PPGS | por |
dc.subject.cnpq | CIENCIAS HUMANAS::SOCIOLOGIA::SOCIOLOGIA URBANA | por |
dc.description.sponsorshipId | FAPESP: 2013/22630-6 | por |
dc.ufscar.embargo | Online | por |
dc.publisher.address | Câmpus São Carlos | por |
dc.contributor.authorlattes | http://lattes.cnpq.br/1042165629261102 | por |