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dc.contributor.authorFaria, Renata Mantovani de
dc.date.accessioned2016-06-02T19:39:17Z
dc.date.available2011-03-24
dc.date.available2016-06-02T19:39:17Z
dc.date.issued2011-02-16
dc.identifier.citationFARIA, Renata Mantovani de. Habitus, expectativas e estratégias de formação e trabalho de alunos de escolas urbana e rural do ensino médio. 2011. 204 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Humanas) - Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2011.por
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/2575
dc.description.abstractO objetivo deste trabalho foi o de investigar e analisar o habitus e a construção de expectativas e estratégias de formação e trabalho de alunos de duas escolas públicas do Ensino Médio de um município do Estado de São Paulo, uma delas localizada na zona rural e outra na zona urbana. Para tal, levou-se em conta a socialização dos agentes e seus aspectos econômicos, sociais, culturais, familiares e subjetivos, com base na teoria de Bourdieu. A pesquisa de campo se deu através da aplicação de questionários e realização de entrevistas semi-estruturadas com alunos e algumas de suas mães. Buscamos fazer comparações entre os casos mais favorecidos, no que se refere às condições objetivas de distribuição dos diferentes capitais, mais identificados nos alunos da escola de zona urbana, com os casos de maior escassez, mais relativos aos alunos da escola de zona rural. Nos centramos na análise dos dados obtidos sobre os níveis de capital econômico, cultural e social dos alunos, bem como sobre as estratégias escolares e de trabalho deles e de seus familiares. Analisamos as estratégias com base na compreensão de sua relação com o habitus e modo de vida de cada estudante. Pudemos perceber que as expectativas de formação e trabalho dos alunos e as estratégias por eles lançadas antes e após a formação na Educação Básica relacionam-se ao habitus de cada um e às situações objetivas com as quais se deparavam. De modo geral, os alunos da zona urbana apresentavam expectativas mais altas com relação aos estudos que os alunos da zona rural. Consideramos que estes últimos, em função de práticas e disposições interiorizadas, predominantemente caracterizadas pela primazia do trabalho sobre o estudo, ainda que apresentassem expectativas relativas ao prolongamento da escolarização, tenderiam a permanecer tão somente em atividades de trabalho. Seus modos de vida e de socialização, muitos deles com ingresso no trabalho ainda quando crianças, assim como o capital cultural, elemento dificultador da continuidade dos estudos, seriam indicativos desta tendência. Já os alunos da escola urbana, cujas condições objetivas de vida, expressas em capitais cultural e social ligeiramente mais substantivos que os primeiros e por práticas e estratégias de estudo e trabalho, de certo modo, diferenciados, apresentavam maior interesse de ingresso no ensino superior, ainda que condicionados à conciliação com o trabalho em alguns casos. De modo geral, os sonhos e ambições revelados pelos estudantes nem sempre correspondiam às suas práticas e com o que era vivenciado na realidade objetiva, de forma que muitos tenderiam a restringir suas ações em conformidade com aquilo que realmente seria mais provável e/ou possível de se realizar, em detrimento de ideais que potencialmente pudessem transformar seus modos de vida. A importância dos prolongamentos dos estudos apresentou-se, assim, como desejável, mas nem sempre factível. Não obstante a força da reprodução do habitus e modos de vida e socialização sejam condizentes à causalidade do provável, é necessário reconhecer que as disposições interiorizadas e as condições objetivas, além de envolver contradições, são passíveis de mudanças, sendo o capital cultural e o social fatores fundamentais para tal.eng
dc.description.sponsorshipUniversidade Federal de Minas Gerais
dc.formatapplication/pdfpor
dc.languageporpor
dc.publisherUniversidade Federal de São Carlospor
dc.rightsAcesso Abertopor
dc.subjectEnsino médiopor
dc.subjectTrabalho e educaçãopor
dc.subjectEstratégiaspor
dc.subjectHabituspor
dc.subjectBourdieu, Pierre, 1930-2002por
dc.subjectSecondary educationeng
dc.subjectWork and educationeng
dc.subjectStrategieseng
dc.subjectHabituseng
dc.subjectBourdieueng
dc.titleHabitus, expectativas e estratégias de formação e trabalho de alunos de escolas urbana e rural do ensino médiopor
dc.typeDissertaçãopor
dc.contributor.advisor1Silva, Eduardo Pinto e
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/3492708361349827por
dc.description.resumoO objetivo deste trabalho foi o de investigar e analisar o habitus e a construção de expectativas e estratégias de formação e trabalho de alunos de duas escolas públicas do Ensino Médio de um município do Estado de São Paulo, uma delas localizada na zona rural e outra na zona urbana. Para tal, levou-se em conta a socialização dos agentes e seus aspectos econômicos, sociais, culturais, familiares e subjetivos, com base na teoria de Bourdieu. A pesquisa de campo se deu através da aplicação de questionários e realização de entrevistas semi-estruturadas com alunos e algumas de suas mães. Buscamos fazer comparações entre os casos mais favorecidos, no que se refere às condições objetivas de distribuição dos diferentes capitais, mais identificados nos alunos da escola de zona urbana, com os casos de maior escassez, mais relativos aos alunos da escola de zona rural. Nos centramos na análise dos dados obtidos sobre os níveis de capital econômico, cultural e social dos alunos, bem como sobre as estratégias escolares e de trabalho deles e de seus familiares. Analisamos as estratégias com base na compreensão de sua relação com o habitus e modo de vida de cada estudante. Pudemos perceber que as expectativas de formação e trabalho dos alunos e as estratégias por eles lançadas antes e após a formação na Educação Básica relacionam-se ao habitus de cada um e às situações objetivas com as quais se deparavam. De modo geral, os alunos da zona urbana apresentavam expectativas mais altas com relação aos estudos que os alunos da zona rural. Consideramos que estes últimos, em função de práticas e disposições interiorizadas, predominantemente caracterizadas pela primazia do trabalho sobre o estudo, ainda que apresentassem expectativas relativas ao prolongamento da escolarização, tenderiam a permanecer tão somente em atividades de trabalho. Seus modos de vida e de socialização, muitos deles com ingresso no trabalho ainda quando crianças, assim como o capital cultural, elemento dificultador da continuidade dos estudos, seriam indicativos desta tendência. Já os alunos da escola urbana, cujas condições objetivas de vida, expressas em capitais cultural e social ligeiramente mais substantivos que os primeiros e por práticas e estratégias de estudo e trabalho, de certo modo, diferenciados, apresentavam maior interesse de ingresso no ensino superior, ainda que condicionados à conciliação com o trabalho em alguns casos. De modo geral, os sonhos e ambições revelados pelos estudantes nem sempre correspondiam às suas práticas e com o que era vivenciado na realidade objetiva, de forma que muitos tenderiam a restringir suas ações em conformidade com aquilo que realmente seria mais provável e/ou possível de se realizar, em detrimento de ideais que potencialmente pudessem transformar seus modos de vida. A importância dos prolongamentos dos estudos apresentou-se, assim, como desejável, mas nem sempre factível. Não obstante a força da reprodução do habitus e modos de vida e socialização sejam condizentes à causalidade do provável, é necessário reconhecer que as disposições interiorizadas e as condições objetivas, além de envolver contradições, são passíveis de mudanças, sendo o capital cultural e o social fatores fundamentais para tal.por
dc.publisher.countryBRpor
dc.publisher.initialsUFSCarpor
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Educação - PPGEpor
dc.subject.cnpqCIENCIAS HUMANAS::EDUCACAOpor
dc.contributor.authorlatteshttp://lattes.cnpq.br/7199394993784804por


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