Mostrar registro simples

dc.contributor.authorCoradini, Maria Carolina
dc.date.accessioned2022-11-10T17:51:37Z
dc.date.available2022-11-10T17:51:37Z
dc.date.issued2022-04-29
dc.identifier.citationCORADINI, Maria Carolina. Construções condicionais insubordinadas com a conjunção se no português: uma análise diacrônica à luz da gramática de construções. 2022. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2022. Disponível em: https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/17016.*
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/17016
dc.description.abstractInsubordinate constructions have been described as the independent and conventionalized use of formally subordinate clauses (EVANS, 2007). These are cases such as “Se soubesse como me faz sofrer!” (Corpus do Português). According to Evans (2007), these constructions are the result of originally subordinate clauses reanalyzed as independent constructions, after the ellipsis of the main clause. In this work, it is analyzed if-insubordinate conditional constructions in Portuguese, ranging from the 15th to the 20th century, in order to verify i. how many and what are the if-insubordinate construction types; ii. what are the processes involved in their emergence; iii. their productivity over the centuries. The presented analysis is quali-quantitative and based on the theoretical assumptions of Construction Grammar. In this sense, formal and functional aspects of the constructions are considered in the analysis and concepts such as constructional network, schematicity, compositionality and productivity are evoked. Based on a large sample of written language data collected from the corpora Corpus do Português (DAVIES; FERREIRA, 2006) and Tycho Brahe Parsed Corpus of Historical Portuguese (GALVES; ANDRADE; FARIA, 2017), it is proposed a functional classification for these constructions containing the following categories: deontic, evaluative, argumentative, assertive, reasoning, post-modifier and metatextual. The quantitative analysis reveals, from 1.838 diachronic instances, mostly distributed between the 19th and 20th centuries, that there is a tendency in Portuguese of these constructions projecting scenarios resulting from the realization of a potential State-of-Affairs, via deontic constructions of desire and constructions of reasoning, and acting upon discourse organization, via metatextual constructions. Deontic and reasoning constructions account for 45.7% of the cases found in the corpus ranging from the 15th to the 20th century, whereas metatextual constructions account for 25.7% of them. These three appear to be the most productive among the types of insubordinate conditional constructions, adding together 71.4% of the collected data sample. The diachronic data allow to observe that these constructions go through an insubordination path, which points to the loss of conditional meaning. As insubordinate conditional constructions advance along this path, becoming more syntactically independent, they come to express metatextual meanings that overlap the original conditionality of the construction, as they reach a stage of non-compositionality. The loss of conditionality directly reflects on the organization of insubordinate conditionals in a network structure, since it imposes restrictions on the generalization of a common meaning among them. Data also suggest that insubordinate conditionals can emerge both through the ellipsis of main clauses, corroborating the Evans’ (2007) hypothesis, and through processes such as neoanalysis and analogization, in cases of highly conventionalized constructions, that, however, seem not to have less advanced stages of specialization in diachrony.eng
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)por
dc.description.sponsorshipFundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)por
dc.language.isoporpor
dc.publisherUniversidade Federal de São Carlospor
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/*
dc.subjectSintaxepor
dc.subjectInsubordinaçãopor
dc.subjectDiacroniapor
dc.subjectGramática de construçõespor
dc.subjectSyntaxeng
dc.subjectInsubordinationeng
dc.subjectDiachronyeng
dc.subjectConstruction grammareng
dc.titleConstruções condicionais insubordinadas com a conjunção se no português: uma análise diacrônica à luz da gramática de construçõespor
dc.title.alternativeIf-insubordinate conditional constructions in portuguese: a diachronic analysis in the light of construction grammareng
dc.typeDissertaçãopor
dc.contributor.advisor1Hirata-Vale, Flávia Bezerra de Menezes
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/2797556968074056por
dc.description.resumoConstruções insubordinadas têm sido descritas como o uso independente e convencionalizado de orações formalmente subordinadas (EVANS, 2007). Trata-se de casos como “Se soubesse como me faz sofrer!” (Corpus do Português). Segundo Evans (2007), essas construções são resultado de um processo de reanálise de orações originalmente subordinadas como construções independentes, após sofrerem a elipse da oração principal. Neste trabalho, analisam-se as construções condicionais insubordinadas com a conjunção se no português, no recorte do século XV ao século XX, a fim de verificar i. quantos e quais são os tipos de construção condicional insubordinada; ii. quais são os processos que estão envolvidos em seu surgimento; iii. a produtividade dessas construções ao longo dos séculos. A análise que se apresenta é quali-quantitativa e fundamentada nos pressupostos teóricos da Gramática de Construções. Nesse sentido, consideram-se aspectos formais e funcionais das construções e evocam-se conceitos como rede construcional, esquematicidade, composicionalidade e produtividade. A partir de uma ampla amostra de dados de língua escrita coletados dos corpora Corpus do Português (DAVIES; FERREIRA, 2006) e Corpus Histórico do Português Tycho Brahe (GALVES; ANDRADE; FARIA, 2017), chega-se a uma classificação funcional para este tipo de construção com as seguintes categorias: deôntica, avaliativa, argumentativa, assertiva, de raciocínio, pós-modificadora e metatextual. A análise quantitativa demonstra, a partir de 1.838 dados diacrônicos, distribuídos majoritariamente entre os séculos XIX e XX, que há no português uma tendência de que essas construções expressem a projeção de um cenário decorrente da realização de um estado de coisas potencial, por meio de construções deônticas de desejo e de construções de raciocínio, ou atuem na organização do discurso, por meio das construções metatextuais. As construções deônticas de desejo e as de raciocínio somam 45,7% dos casos encontrados no corpus para o período entre os séculos XV e XX. Já as construções metatextuais, somam 25,7%. Esses aparentam ser os mais produtivos dentre os tipos de condicional insubordinada, totalizando 71,4% da amostra de dados coletados. Os dados diacrônicos permitem observar que essas construções passam por uma trajetória de insubordinação, que aponta para a perda de condicionalidade. Conforme as construções condicionais insubordinadas avançam nessa trajetória, além de se tornarem mais independentes do ponto de vista sintático, passam a expressar significados metatextuais que se sobrepõem à condicionalidade original da construção, chegando a um estágio de não composicionalidade. A perda da condicionalidade reflete diretamente na organização das condicionais insubordinadas em estrutura de rede, já que impõe restrições quanto à generalização de um significado comum entre elas. Os dados sugerem também que as condicionais insubordinadas podem emergir tanto por meio da elipse de orações principais, corroborando a hipótese de Evans (2007), quanto por meio de processos como neoanálise e analogização, em casos de construções altamente convencionalizadas, que, no entanto, parecem não ter estágios menos avançados de especialização na diacronia.por
dc.publisher.initialsUFSCarpor
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Linguística - PPGLpor
dc.subject.cnpqLINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA::TEORIA E ANALISE LINGUISTICApor
dc.description.sponsorshipIdProcesso nº 2020/02589-5, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)por
dc.description.sponsorshipIdProcesso nº 8888.7485946/2020-00, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)por
dc.publisher.addressCâmpus São Carlospor
dc.contributor.authorlatteshttp://lattes.cnpq.br/2087864725064197por


Arquivos deste item

Thumbnail
Thumbnail
Thumbnail

Este item aparece na(s) seguinte(s) coleção(s)

Mostrar registro simples

Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
Exceto quando indicado o contrário, a licença deste item é descrito como Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil